quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Lula e Bento XVI se reúnem em uma semana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será recebido pela Papa Bento 16 no Vaticano na próxima semana durante a viagem à Itália. Segundo o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, Lula terá um encontro reservado com o sumo pontífice no dia 13 de novembro, quinta-feira, antes de seguir para Washington (EUA), onde participa da cúpula econômica do G-20 (que reúne as maiores economias do mundo).

Na reunião reservada com o Papa, Lula deve assinar um tratado com o Vaticano sobre a atuação da Igreja Católica no Brasil - que reúne o maior número de católicos do mundo. O porta-voz disse que, apesar do encontro ser "rápido", Lula vai discutir com o papa assuntos comuns aos dois países - como o combate à fome e a solidariedade mundial.

De acordo com Baumbach, o Brasil e o Vaticano negociam há alguns anos a redação de um documento sobre a relação entre os dois países. O porta-voz disse, porém, que o acordo com a Igreja Católica não prejudica a liberdade religiosa prevista pela Constituição brasileira.

"O importante é que o acordo preserve o preceito constitucional de liberdade religiosa. Não será discutido credo, mas os direitos e deveres da entidade religiosa", afirmou. O porta-voz disse que o Brasil vai "dar um tratamento equânime a todos os credos, mas respeitando o papel que a Santa Sé tem como sujeito internacional".

Em maio deste ano, Bento 16 esteve no Brasil e se encontrou com Lula e a primeira-dama Marisa Letícia, em São Paulo.

Na Itália, Lula também vai encontrar-se com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi e autoridades do país - como o prefeito de Roma, Gianni Alemanno. Segundo o porta-voz, Lula também vai se reunir com empresários italianos para discutir o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De Roma, Lula segue para Washington, onde vai acompanhar a reunião do G-20 que vai discutir a crise econômica internacional. (GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Delegação da Fiesp acompanhará Lula na Itália

A pedido do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo pretende levar cerca de 80 empresários à Itália entre os dias 10 e 12 de novembro, quando ele visitará oficialmente o país.

Desde 2006 Brasil e Itália estão em uma nova etapa da relação bilateral. A Fiesp e a Confederação das Indústrias Italianas - Confindustria - se uniram e colocaram frente a frente centenas de empresas.

Houve no biênio encontros produtivos, entre rodadas de negócios, missões empresariais e fóruns, que contaram com a participação de 1,2 mil empresas brasileiras e italianas. Foram identificados segmentos com grande potencial de intercâmbio, como infra-estrutura, agroindústria, bioenergia e design.

Na missão empresarial da próxima semana, o destaque será para os setores de agronegócio, construção civil, energia, franchising e têxtil. A Fiesp vai promover seminários temáticos com ênfase nas oportunidades conjuntas, além de visitas técnicas.

Na Itália, as pequenas e médias empregam mais de 80% da mão-de-obra. No Brasil contratam quase 70% dos trabalhadores, mas enfrentam condições áridas, pois 70% fecham antes de completar cinco anos.

De acordo com o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, o fluxo comercial entre Brasil e Itália movimentou US$ 7,8 bilhões em 2007. No primeiro semestre de 2008, atingiu US$ 4,7 bilhões, valor 27,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

A Itália é o 13º investidor estrangeiro no Brasil. São economias complementares, cuja estreita cooperação é reforçada por ações direcionadas de ambos os governos e facilitada pela forte presença da comunidade e da cultura italiana no Brasil.

Há quase 300 empresas italianas com presença direta no País. Quantidade que foi triplicada em menos de dez anos, quando somavam pouco mais de 100. (Fiesp)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mantica critica cortes para italianos no exterior


O subsecretário do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica, qualificou na Suíça como "criminosos" os cortes aprovados no orçamento para a difusão da cultura italiana no mundo.

Na Suíça, setores da educação declararam que a redução põe em xeque o término do ano letivo. Mantica falou em Berna, sexta-feira passada, durante encontro com a comunidade italiana no país.

O subsecretário, com atribuições para os cidadãos italianos no exterior, considerou que os cortes de cerca 40 milhões de euros no orçamento de 2009 para as políticas destinadas à circunscrição exterior "são delituosos".

Na Suíça, em particular, o ajuste repercutirá no ensino do idioma italiano, que atinge 16 mil alunos do ensino fundamental e médio. Uma centena de manifestantes-residentes em Berna, Basiléia, Zurique, Genebra e no principado de Liechtenstein protestava em frente ao local do encontro, repetindo "vergonha, vergonha!" e agitando bandeiras italianas e cartazes.

Alfredo Mantica advertiu que os cortes envolvem todos os italianos, "residentes na Itália ou no exterior", pelo qual se comprometeu a articular "duas batalhas": uma para a constituição de um fundo de 40 milhões de euros e outra para conseguir uma "maior flexibilidade" na gestão do orçamento, que supere o teto imposto pelo Ministério das Finanças.

A idéia do fundo referido pelo vice-chanceler está contida em uma emenda da Lei do Orçamento, já declarada admissível pela Comissão de balanço da Câmara e apoiada por parlamentares de maioria e oposição. (ANSA)