sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Coleção Farnesina em despedida

Nos últimos dias da Mostra Coleção Farnesina no MASP a fila dos finais de semana deve dobrar ou muito mais que isso, pelo que se viu até agora. A previsão é que a exposição se encerre no próximo dia 14 com grande número de visitantes.
A exposição reúne pinturas, esculturas, mosaicos e instalações que marcaram a produção artística italiana da segunda metade do século 20. Do informalismo, com obras de Lucio Fontana, pai do movimento minimalista na Itália e Alberto Burri, percorrem-se os períodos de abstração, figuração, os anos 60 com a pop art e os 70 com a arte conceitual, até chegar à vídeo-arte. Michelangelo Pistoletto, os irmãos Pomodoro, Mimmo Paladino, Francesco Clemente, Piero Manzoni, Sandro Chia e Oliviero Rainaldi, entre outros, estão representados na Coleção.
O horário do MASP é das 11h às 18h, com entrada gratuita às terças-feiras.

Um comentário:

Petro disse...

Belíssima exposição ! É possível ter uma visão geral da arte contemporânea italiana, e ao mesmo tempo fruir cada corrente artística isolada, com propostas que ora se complementam, ora se opõem.
Particularmente, apreciei todos os objetos tridimensionais presentes na mostra. A "Composizione" de 1950, do artista Mirko Basaldella, e "Silena" de Roberto Almagno, por exemplo.
Mas o bidimensional também está muito bem representado. Omar Galliani, com seu "Grande desenho siamês", executado a lápis, chega a surpreender.

Apreciei muito as obras da corrente "Pesquisas abstrato-analíticas sobre a percepção – anos 60". Mexem com o sentido espacial, e prendem o olhar.
Trabalhos interessantes dos artistas Agostino Bonalumi, Enrico Castellani, e Nicola Carrino.
Na mostra há até um misto de arte e design. É o caso da obra "Mobili nella Valle", de Mario Ceroli, executada em 1968. Trata-se de uma cadeira em madeira de abeto.
Um trabalho remeteu-me ao nosso neoconcretista Willys de Castro. É uma pintura de Paolo Cotani, de 2004.
Enfim, a exposição da Coleção Farnesina nos mostra que os italianos também são "feras" no que diz respeito à arte contemporânea.
Só me decepcionei com a ausência de um catálogo ou livro referente à mostra completa. Ofereceram apenas um pequeno folder, que não contempla as diferentes correntes artísticas presentes.
Mesmo assim, torço para que os organizadores do evento nos brindem mais vezes com outras exposições de arte contemporânea italiana como esta.
Abraços !