quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Elvira Balderi morre em São Paulo


Aos 97 anos, morreu hoje às 11:30h, em conseqüência de pneumonia, Elvira Balderi Crimi, a cantora lírica e "mestra" de muitas gerações. Dona Elvira, como era conhecida no mundo lírico, estava internada no Hospital São Luís, zona sul de São Paulo, há uma semana. Nasceu em Nápoles em 1911; estreou nos palcos aos 27 anos em Catanzaro. Após a Segunda Guerra veio para o Brasil e se fixou na capital paulista, onde morava há mais de 50 anos.

O corpo será cremado no próximo sábado, 13 de setembro, às 10:30h, na Vila Alpina. Não haverá velório, conforme o desejo da artista; apenas uma cerimônia de despedida de seus queridos amigos, alunos e discípulos. O horário será confirmado. Elvira Balderi não teve filhos; deixa uma autobiografia plena de dedicação, publicada em maio do ano passado: "Uma História de Amor e Arte", pela Editora Scortecci. Recebeu convites para publicá-lo em Italiano.

Cantou 12 óperas: Madame Butterfly e La Bohème - suas preferidas -, I Pagliacci, Turandot, Carmen, Un Ballo in Maschera, Guglielmo Tell, O Segredo de Suzana, La Serva Padrona, La Traviata, Íris e Ave Maria. Apresentou-se nos melhores palcos da Itália, França, Espanha, Alemanha e Brasil. Cantou com os principais nomes da cena lírica mundial.
Foi exigente professora de canto, "com muito orgulho", afirmam seus colegas e alunos, que com ela continuavam até semanas atrás. Preparavam uma montagem em concerto de " La Bohème", de Puccini.

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